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Embaixadas brasileiras nos EUA e Reino Unido querem mapear a diáspora científica

( Caderno: Matérias )


Objetivo é identificar e criar redes de pesquisadores brasileiros
com atuação em ciência, tecnologia e inovação nos dois países
FAPESP realiza evento em Londres sobre o tema

 

As embaixadas do Brasil em Washington e Londres querem identificar os brasileiros qualificados, que atuem em áreas ligadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) em universidades, instituições de pesquisa e em empresas, públicas ou privadas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

A ideia é articulá-los em rede e também conectá-los com suas contrapartes em território brasileiro, de forma a facilitar a circulação de ideias, de conhecimento e de experiências e ampliar as oportunidades de intercâmbios científicos e tecnológicos, além de negócios entre os países.

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Em entrevista à Agência FAPESP em janeiro de 2018, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, sublinhou que a intenção não é disciplinar a cooperação entre brasileiros no Brasil e no exterior, que, como ele disse, já é grande, mas compartilhar a experiência dos brasileiros que estão nos Estados Unidos.

A embaixada brasileira em Washington realizou dois encontros da diáspora brasileira em CT&I, o primeiro em dezembro de 2017 e o segundo em dezembro de 2018. A embaixada brasileira em Londres fará o primeiro encontro no dia 14 de fevereiro, em Londres, no Workshop: Brazilian Diaspora of Science, Technology and Innovation in the UK. O evento ocorrerá em seguida à FAPESP Week London, que será realizada nos dias 11 e 12 de fevereiro.

O mapeamento da diáspora brasileira nos Estados Unidos será realizado por pesquisadores do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O acordo que possibilitará essa cooperação foi assinado pelo embaixador Sérgio Amaral e pelo reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, em 7 de dezembro de 2018.

“O projeto tem por objetivo último fazer um diagnóstico e propor políticas para compreender como a CT&I no Brasil pode obter ganhos com a circulação e fixação de brasileiros de alta qualificação e com atuação na área de CT&I nos Estados Unidos”, disse Ana Maria Carneiro, coordenadora do projeto no Nepp.

O desafio, segundo Carneiro, está em produzir subsídios para o “reforço e elaboração de políticas públicas acerca da diáspora brasileira nos Estados Unidos que possam ser mobilizadas pelo Ministério das Relações Exteriores, em específico, pela Embaixada Brasileira em Washington, a fim de potencializar oportunidades e ganhos para o Brasil”, disse.

Esse diagnóstico inclui estimar o número de brasileiros com atuação na área de CT&I, identificar as áreas geográficas e de conhecimento, instituições de vínculo, conexões já existentes, interação com agências de fomento, entre outros.

A diáspora brasileira nos Estados Unidos soma cerca de 450 mil pessoas, de acordo com estatísticas do American Community Survey. “Outra base de dados, da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], estima que 75 mil têm ensino superior. Os brasileiros com atividades ligadas à CT&I são um subconjunto dos que têm essa qualificação”, disse Carneiro.

Não será possível identificar todos os brasileiros com esse perfil, ela ressalva. Vamos iniciar pela lista de nomes relevantes já identificados pela embaixada em Washington, para os quais enviaremos questionários. A expectativa é que o levantamento se amplie pelo efeito ‘bola de neve’”, disse, levando em conta o grande número de brasileiros que, desde 2010, já se articulam em redes nos Estados Unidos.

A coordenadora do projeto do Nepp sobre a rede de diáspora participará do encontro em Londres que reunirá especialistas em circulação internacional de talentos para avaliar maneiras de potencializar os benefícios de o Brasil contar com um número grande de brasileiros em instituições no país.

Pesquisadores brasileiros no Reino Unido

“O Reino Unido é um dos principais destinos dos bolsistas do governo brasileiro”, disse Carlota Azevedo Bezerra Vitor Ramos, chefe dos Setores de Cooperação Educacional e Cooperação Científica da embaixada brasileira em Londres.

A embaixada estima que vivem no Reino Unido cerca de 500 brasileiros estudantes de doutorado ou pesquisadores visitantes com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e às Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos Estados, incluindo a FAPESP.

“Não temos, atualmente, estimativa do número total de brasileiros presentes no Reino Unido na área de CT&I. É importante sublinhar que muitos não se registram no Consulado brasileiro, visto que têm passaporte europeu. O esforço que estamos levando adiante suprirá essa lacuna de informação”, disse Ramos.

Há muita convergência entre as áreas de concentração de acadêmicos brasileiros no Reino Unido e as áreas em que o Brasil se destaca na produção científica mundial.

“Por exemplo, sabemos que muitos cientistas e pesquisadores brasileiros trabalham na área das ciências biológicas, em convênio com centros de pesquisa e desenvolvimento em locais como GSK, Kew Gardens e Rothamsted Research. O Imperial College London, especializado na área de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática), fundou um Brazil Forum para manter um registro e organizar a comunidade de 164 brasileiros atualmente ligados ou egressos, assim como não brasileiros que colaboram frequentemente com brasileiros”, disse Ramos.

Ela destaca que um parceiro importante da embaixada brasileira em Londres nessa iniciativa é a Associação de Brasileiros Estudantes de Pós-Graduação e Pesquisadores (Abep-UK), que há quase 40 anos agrega estudantes de pós-graduação e pesquisadores brasileiros residentes no Reino Unido.

“Entretanto, se levarmos em conta o universo de estudantes e pesquisadores brasileiros atualmente no país, a verdade é que apenas uma parte se afilia à Abep. A maior parte dos estudantes e pesquisadores vem ao Reino Unido e fica concentrada no círculo de contatos da sua instituição ou universidade, sobretudo dos departamentos em que estudam”, disse Ramos.

“Muitas vezes os brasileiros dentro de uma mesma instituição não se conhecem. O resultado é que temos excelentes acadêmicos brasileiros presentes no Reino Unido, nas mais diversas áreas do conhecimento, mas dispersos e relativamente pouco articulados entre si. É isso que queremos mudar”, disse.

A embaixada tem contato estreito com a comunidade acadêmica brasileira no Reino Unido, sobretudo por meio dos seus Setores de Cooperação Educacional e Cooperação Científica. “Além de prestar apoio às consultas de pesquisadores e estudantes, também buscamos nos articular com as instituições que recebem nossos acadêmicos, de maneira a compreender suas necessidades, demandas e perfil”, disse.

Mantém também registro de vários cientistas brasileiros residentes em diferentes cidades do Reino Unido que auxiliam como pontos focais para engajamento da comunidade, que são chamados de “champions”. “Não raramente, temos a grata surpresa de encontrar pelo menos um cientista brasileiro nas visitas que frequentemente fazemos a centros de pesquisas e universidades daqui”, disse Ramos.

“Por meio da organização do encontro da diáspora científica brasileira no Reino Unido, buscaremos engajar a comunidade científica e acadêmica brasileira de forma articulada, que permita uma interlocução regular e dinâmica entre esses atores no longo prazo. Com base no mapeamento das redes e na criação da base de dados com os membros da diáspora, queremos promover oficinas e encontros periódicos na Embaixada, voltados aos interesses e necessidades da comunidade”, disse a chefe dos Setores de Cooperação Educacional e Cooperação Científica da embaixada brasileira em Londres.

“Temos muito interesse em levar adiante uma cooperação de longo prazo com a FAPESP e com o Nepp da Unicamp, de maneira a utilizar esse conhecimento em prol das políticas públicas brasileiras de CT&I e avançar na interlocução da diáspora com suas contrapartes no Brasil”, disse.

“Ao conhecer melhor o perfil dos acadêmicos presentes no país, teremos melhores condições de compreender suas demandas e de que forma a embaixada pode ajudá-los a promover sua pesquisa. Consideramos importante, também, que esses atores usem a plataforma da diáspora para trocar informações entre si, facilitar trabalhos conjuntos e formar redes de apoio, sobretudo no acolhimento de estudantes e pesquisadores recém-chegados ao país”, disse Ramos.

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